terça-feira, 10 de junho de 2008

Crítica a Maria Rita

Critico-me.
Condeno.

Critico-me por não ter sido mulher, por não ter sido companheira, por não ter estado sempre.
Crítico ter amado mais do que se possa amar alguém, sem não o ter mostrado e demonstrado.
Critico o egoísmo que nos cega, nos aprisiona, caindo na inércia e na falta de sensibilidade pela existência do outro.
Critico uma vida de desenganos, de ilusões, de futilidade que trouxe como herança.
Critico ter desperdiçado a unica oportunidade que me foi concedida para ser feliz...
Critico-me e condeno-me por não ter estado à altura. Por defender dignidade sem ter sido digna do amor...


A verdadeira crítica de mim.