terça-feira, 10 de junho de 2008
Crítica a Maria Rita
Condeno.
Critico-me por não ter sido mulher, por não ter sido companheira, por não ter estado sempre.
Crítico ter amado mais do que se possa amar alguém, sem não o ter mostrado e demonstrado.
Critico o egoísmo que nos cega, nos aprisiona, caindo na inércia e na falta de sensibilidade pela existência do outro.
Critico uma vida de desenganos, de ilusões, de futilidade que trouxe como herança.
Critico ter desperdiçado a unica oportunidade que me foi concedida para ser feliz...
Critico-me e condeno-me por não ter estado à altura. Por defender dignidade sem ter sido digna do amor...
A verdadeira crítica de mim.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Critica VICTOR WOOTEN - Yin -Yang
Este álbum foi editado no ano de 1999 e tem a particularidade de ser um álbum duplo:
Yin - Instrumental
Yang - Vocalizado
Por oposição ao dois anteriores álbuns do Victor, esta é uma gravação menos exuberante, mostra uma maior maturidade e uma procura em fazer musica que possa ser apreciada por pessoas que desconheçam as fabulosas técnicas utilizadas por um dos melhores baixistas da actualidade, no entanto possui para os apreciadores desse grande instrumento que é a guitarra baixo, elementos que fazem apreciar cada segundo e "groove" deste álbum.
Começando pelo primeiro disco temos musicas que vão desde o mais lento e comtemplativo até a musicas mais "funky" e cheias de "groove", repletas de solos impressionantes que mostram o domínio do instrumento por parte do autor.
O segundo cd tendo musicas cantadas quer pelo próprio Victor e por músicos convidados tem na faixa 4 a melhor colaboração entre todas as musicas, Allyson Taylor faz um trabalho fantástico seguida de perto por um baixo profundo e emotivo do Victor. Temos ainda a colaboração de outro monstro do baixo, desta vez na voz o famoso Bootsy Collins.
Uma surpresa que encontramos nestes dois discos é a faixa 2, que sendo a mesma musica ("Yinin' & Yangin'") podemos observar o que o Victor faz dela no registo cantado e no registo instrumental, simplesmente divinal. Na parte instrumental temos uma aproximação mais convencional existindo um solo cheio de emoção e minha minha opinião muito bem conseguido. Na versão cantada temos apenas bateria e baixo sendo que Victor utiliza uma técnica que o tornou famoso, "Two-Hand Tapping", onde utilizando as mãos para percutir as cordas do baixo na zona do braço, consegue fazer o registo grave e agudo enchendo a musica de uma forma extremamente elegante.
De destacar dois músicos fabulosos que Victor convidou para este álbum, Carter Beauford e Béla Fleck que respectivamente na Bateria e Banjo fazem maravilhas, principalmente na faixa "Zenergy" do primeiro disco.
Acho que este é um disco muito completo que mostra que Victor Wooten consegui dar o pulo de "Bass Hero" para um compositor de méritos próprios e é ideal para uma primeira aproximação ao universo Victor Wooten por parte de alguém que não venha da vertente Baixo solo.